Muito antes dos tablets, smartphones e videogames de última geração invadirem nossas vidas, um brinquedo simples, mas bastante desafiador, fez sucesso entre crianças e adultos da década de 1980: o cubo de Rubik, mais conhecido como cubo mágico que, apesar de ter virado febre naquela época, foi originalmente criado na década de 1970. E para celebrar os 40 anos do objeto, o Google lançou um doodle animado que desafia os internautas a resolver o quebra-cabeça.
Para acessá-lo, basta visitar a página inicial do navegador Chrome ou a busca do Google na internet. Ao clicar no cubo, ele cresce na tela e assim começa o jogo. As peças do cubo podem ser manipuladas usando o mouse ou o teclado do computador e todos os movimentos ficam registrados em um contador logo abaixo da imagem. Quem tem dispositivo iOS ou Android também pode participar da brincadeira, com a possibilidade de compartilhar o resultado nas redes sociais (Google+, Facebook e Twitter).
Veja abaixo a lista de atalhos do teclado (se você estiver usando um PC) para movimentar o cubo:
- "Caps Lock" ligado: as peças giram 90º no sentido horário;
- "Caps Lock" desligado: as peças giram 90º em sentido anti-horário;
- F - frente;
- B - trás;
- U - cima;
- D - baixo;
- L - esquerda;
- R - direita;
- X - girar para direita;
- Z - girar para esquerda;
- Y - girar para cima
40 anos
O recordista Feliks Zemdegs (Foto: Divulgação) |
O cubo mágico foi criado pelo arquiteto húngaro Erno Rubik, que queria desenvolver um método de trabalho que o ajudasse a explicar de forma mais simples a geometria tridimensional. Rubik construiu o primeiro cubo sozinho e demorou um mês para solucionar o próprio desafio pela primeira vez. De acordo com o Independent, o objeto foi licenciado pela Toy Corp Ideal em 1980, quando se tornou um dos brinquedos mais vendidos de todos os tempos. Desde a metade dos anos 1980, foram comercializados mais de 350 milhões de exemplares e pelo menos um quinto de todas as pessoas no mundo já brincou com um cubo.
Hoje existem várias versões do cubo. A mais famosa é a 3x3, composta por seis faces em seis cores diferentes (vermelho, azul, branco, verde, amarelo e laranja), sendo que cada uma dessas faces possui nove quadrados, totalizando 26 peças que se articulam entre si devido a um mecanismo oculto localizado na parte central do interior do cubo. O objetivo do quebra-cabeça é devolver a todas as seis faces sua formação original, ou seja, deixar os nove quadrados em apenas uma cor.
Segundo a empresa que fabrica o objeto, é possível fazer mais de 43 quintilhões (1 mais 18 zeros depois dele) de combinações diferentes. Para se ter ideia, se alguém pudesse realizar todas elas a uma velocidade de um movimento por segundo e sem repetir a mesma combinação, o usuário demoraria o equivalente 1.400 trilhões de anos para completar toda as 43 quintilhões de possibilidades.
Claro que algo assim está fora de cogitação, mas pessoas de várias partes do mundo tentam quebrar os próprios limites. Os "speedcubers", como são chamados, são capazes de resolver um cubo em menos de seis segundos e com pouco mais de 20 movimentos. O recorde mundial atual de menor tempo é do holandês Mats Valk, que em 2013 conseguiu solucionar o enigma do cubo mágico em apenas 5,55 segundos. Outro cubista bastante conhecido é Feliks Zemdegs, que detém recordes em outros tipos de cubo (2x2, 4x4, 5x5, 3x3 vendado e 3x3 com uma mão).
A popularidade do cubo de Rubik é tanta que o objeto deixou de ser apenas lazer para também se tornar método de ensino em um colégio da cidade de São Paulo. Lá os alunos têm 50 minutos de aula obrigatória, dentre os quais quize minutos são usados para a parte teórica e o restante só para treino. Participam das aulas crianças e pré-adolescentes de 7 a 14 anos e quem ministra a disciplina é ninguém menos que Rafael Cinoto, ex-recordista sul-americano de cubo mágico com os pés e um dos delegados da Associação Mundial de Cubo Mágico no Brasil.
Falando nisso, para quem acha difícil resolver o enigma do cubo em tão pouco tempo, Cinoto dá dicas de como solucionar o quebra-cabeça em menos de 30 segundos. Você aceita o desafio?
Fonte: Canal Tech