O planeta Mercúrio está hoje cerca de 7 km menor do que quando sua crosta se solidificou há mais de 4 bilhões de anos.[Imagem: NASA/Johns Hopkins APL/Carnegie Institution]
Mercúrio esfriou ao longo do tempo, o que provocou um enrugamento de sua superfície - imagine uma uva passa, embora o processo não seja tão drástico.
O fenômeno foi percebido pela primeira vez quando a sonda Mariner 10 passou próximo ao planeta nos anos 1970.
No entanto, imagens recentes da sonda Messenger permitiram melhorar a precisão das estimativas a respeito sobre essa retração de Mercúrio.
E o encolhimento é significativamente maior do que se pensava anteriormente.
A sonda Messenger, por sua vez, já fotografou 100% do planeta - ela está em órbita de Mercúrio desde 2011.
Relevo formado pelo encolhimento
O interior de Mercúrio é bem diferente do da Terra, que tem uma extensa crosta e um manto envolvendo seu núcleo de metal.
Com mais de 4.000 km de diâmetro, o núcleo de metal de Mercúrio é bem mais dominante, sendo coberto apenas por um "verniz" rochoso fino com pouco mais que 400 km de espessura.
Embora parte do núcleo ainda esteja em forma líquida, uma parte deve ter esfriado e solidificado, resultando na perda de volume.
A Terra também sofre o mesmo processo, que é difícil de mensurar devido à atuação das placas tectônicas. Mercúrio parece ter uma única placa, sendo seu relevo formado primariamente pelo encolhimento.
A Europa e o Japão planejam lançar uma missão conjunta à Mercúrio para acompanhar as observações feitas pelo Messenger. A sonda, chamada Bepi Colombo, deverá ser lançada em 2016.
Fonte: Inovação Tecnológica
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