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Confira a seguir alguns acontecimentos e pessoas reais que podem ter servido de base para a criação de uma das tramas fictícias mais famosas do mundo
É inegável que George R.R. Martin tem um incrível talento para criar histórias, e não é nenhum segredo que o autor se baseou grandemente em fatos ocorridos na Europa medieval para desenvolver a minuciosa e rica trama de Game of Thrones. Pois o pessoal do site mental_floss resolveu vasculhar os livros para descobrir quem foram alguns dos personagens ou eventos reais que inspiraram Martin, e você pode conferir cinco deles a seguir:
1 – A Batalha de Blackwater
Você se lembra da batalha de Blackwater, episódio no qual Stannis Baratheon tenta sitiar a capital — Porto Real —, mas acaba sendo derrotado pela astúcia de Tyrion, que incendeia os navios inimigos com uma substância química capaz de queimar na água? Pois a ideia pode ter surgido a partir do segundo cerco árabe de Constantinopla, durante o qual os invasores foram atacados com um composto parecido conhecido como fogo grego.
Além disso, no livro, Tyrion utilizou uma enorme corrente para destruir a frota de Baratheon, e esse episódio certamente foi inspirado por outro artifício — a Grande Corrente de Constantinopla — empregado pelos bizantinos contra os árabes no mesmo cerco.
2 – Joffrey
Já pensou se o diabólico Rei Joffrey existisse na vida real? Pois o personagem pode ter sido inspirado em Edward de Lancaster, filho Henrique VI e Margareth de Anjou. Segundo rumores, tal como o protagonista da série, “Ed” era filho ilegítimo e tinha fama de ser sádico, sem falar que gostava da ideia de se livrar das cabeças de seus inimigos.
E assim como ocorreu com o perverso Joffrey de Game of Thrones, o nobre também foi assassinado. Depois de ser esbofeteado por Edward IV de York — o equivalente histórico de Robb Stark —, o Joffrey da vida real morreu aos 17 anos de idade a golpes de espada.
3 – Theon Greyjoy
Como você sabe, Theon cresceu em Winterfell sob a custódia de Eddard Stark, e deveria ocupar o lugar de Robb no caso de que ele, por alguma razão, não fosse coroado. Na série, quando a Guerra dos Cinco Reis começou, Theon se tornou o braço direito de Robb, até que foi enviado para conhecer seu pai verdadeiro — Balon Greyjoy —, e acabou se voltando contra o amigo e invadindo o norte.
O Theon da vida real foi George Plantagenet, irmão de Edward IV de York que, assim como o personagem fictício, começou a Guerra das Rosas lutando como aliado do monarca. Contudo, no decorrer das lutas, George acabou se bandeando para o lado do inimigo — neste caso, os Lancaster —, e quando a guerra acabou com Edward vitorioso, o traíra foi afogado em um barril de vinho, fim muito menos violento do que os castigos recebidos por Theon.
4 – Jaime Lannister
Se você está acompanhando a quarta temporada, então deve ter visto que logo no primeiro episódio Jaime recebeu uma mão dourada para colocar no lugar da sua, que foi decepada. Pois o personagem da série parece ter seu equivalente histórico em Götz von Berlichingen.
Assim como Jaime, Götz pertencia a uma família nobre antes de se tornar cavaleiro imperial, e ganhou o apelido “Mão de Ferro” depois de perder uma das mãos durante uma batalha, substituindo o membro perdido por uma sofisticada prótese metálica antes de voltar à ativa.
5 – O Casamento Vermelho
Este episódio — no qual, com a ajuda de Roose Bolton e depois de se aliar a Tywin Lannister, Walder Frey mata Robb Stark, sua mãe, Catelyn, e milhares de vassalos, finalizando a rebelião do norte — é considerado como um dos momentos mais sangrentos da história da televisão. Pois aparentemente um massacre ocorrido na Escócia pode ter servido de inspiração para o evento fictício.
Trata-se do Massacre de Glencoe, que ocorreu em 1691, quando todos os clãs escoceses foram forçados a renunciar ao rei deposto James VII e se aliar a William III da Inglaterra. Contudo, o chefe do clã MacDonald já havia jurado fidelidade ao monarca escocês, e precisava da permissão deste para romper o juramento. O problema é que a carta do rei deposto chegou tarde demais, e o documento aceitando a aliança com o rei britânico foi rejeitado.
E foi então que o massacre foi planejado. O capitão de um dos clãs inimigos dos MacDonald chegou acompanhado de 120 homens às suas terras e pediu abrigo. Como de costume, os MacDonald ofereceram sua hospitalidade e, após duas semanas de estadia, os rivais esperaram que os anfitriões dormissem e mataram todos que encontraram. Os inimigos ainda queimaram as casas da aldeia e, apesar de cerca de 40 mulheres e crianças terem escapado, todas morreram depois de exposição ao frio.