foto: megacurioso |
Mesmo sendo valioso, o ouro sempre foi considerado pouco interessante quimicamente, mas as suas nanopartículas revelaram uma qualidade um tanto útil para alguns processos
O ouro é um metal nobre e precioso. No entanto, ele sempre foi considerado pouco interessante quimicamente devido à sua capacidade limitada de reagir com outras substâncias. Mas, agora, os cientistas descobriram uma nova propriedade que pode mudar o conceito desse elemento para processos químicos e biológicos.
Segundo o LA Info, os pesquisadores da Escola de Química da Universidade de Cardiff, no País de Gales, descobriram que, quando dividido em nanopartículas contendo apenas algumas centenas de átomos, o ouro se torna muito reativo.
"O ouro tem sido objeto de fascínio humano há milênios, sendo em grande parte devido à sua resistência à corrosão e à sua beleza duradoura. No entanto, quando dividido dessa forma, ele não apenas muda de cor, como também se torna altamente reativo”, disse o professor Graham Hutchings, diretor do Instituto de Catálise de Cardiff (CCI).
Hutchings ressaltou que sua pesquisa indica que nessa forma reduzida as reações do ouro são mais rápidas, mais fáceis e mais eficientes em termos energéticos do que muitos outros catalisadores. Vale lembrar que a catálise é uma tecnologia que é aplicada em cerca de 80 a 90% de todos os produtos fabricados no mundo inteiro.
Este fenômeno implica um material que não é um dos reagentes que aceleram a reação desejada sem a necessidade do aumento de temperatura. Os catalisadores mais utilizados, tais como os que contêm mercúrio, provaram ser prejudiciais para o meio ambiente e para a saúde humana.
Uma das descobertas iniciais feitas no País de Gales é que o ouro é o melhor catalisador para a formação de cloreto de vinilo, o ingrediente principal para a produção de PVC, e tem um grande potencial de substituir o mercúrio, o que seria um grande benefício para a natureza como um todo e, consequentemente, para os seres humanos.
Fonte: La Info, Mega Curioso