Existem tantos produtos que usamos no dia-a-dia e conhecemos tantas marcas e empresas famosas que nem sequer imaginamos como foram as origens de cada uma. Logo abaixo você poderá conferir algumas delas que surgiram de forma inusitada ou até mesmo bizarra.
1 – A NASCAR foi iniciada por contrabandistas
De fato, a corrida de stock car nos Estados Unidos teve origem no contrabando durante a Lei Seca (de 1920 a 1933), quando os motoristas contrabandeavam uísque ilegal produzido na região dos Apalaches norte-americanos.
Os chamados Bootleggers ou Moonshine (como eram chamados os contrabandistas) precisavam distribuir os seus produtos ilícitos e normalmente usavam veículos pequenos e rápidos para fugir da polícia e agentes federais com mais eficiência.
Para conseguir ainda mais eficácia no transporte e fugas, muitos dos motoristas modificavam os seus carros para promover mais velocidade, bem como o aumento da capacidade de carga. Eles se tornaram experts em dirigir nas estradas sinuosas das montanhas com destreza e rapidez.
A revogação da Lei Seca em 1933 deu fim a alguns dos seus negócios, mas um número de pilotos continuou a levar as suas encomendas e a correr com seus carros, mas, desta vez, fugindo de fiscais que tentavam tributar as suas operações.
Os carros continuaram a melhorar e no final dos anos 1940, os motoristas passaram a competir entre eles, gerando uma atração que se tornou popular e lucrativa. Em 1948, um dos motoristas, Bill France (Big Bill), reuniu motoristas, proprietários de automóveis e mecânicos para formar a National Association for Stock Car Auto Racing (NASCAR) e o resto é história.
2 – A Fanta foi criada durante a Segunda Guerra Mundial na Alemanha
Os acontecimentos de 07 de dezembro de 1941 em Pearl Harbor levaram a Segunda Guerra Mundial até a costa dos Estados Unidos. No entanto, Pearl Harbor também desempenhou um papel vital para a Coca-Cola de uma forma ligeiramente diferente.
Após o ataque em solo americano, a Coca-Cola parou de enviar seu xarope secreto para a Alemanha, incapacitando a produção da bebida de cola por lá. Com isso, Max Keith, chefe de operações da Coca-Cola alemã, determinou a criação de um novo produto para evitar a suspensão das atividades da fábrica e criar um produto exclusivamente alemão.
As primeiras versões da Fanta eram produzidas de acordo com os ingredientes disponíveis, como sobras de fabricação de sidra (fibra de maçã) ou subprodutos de produção de queijo (soro de leite). O primeiro sabor foi o de malte, sendo que o tão conhecido sabor laranja só foi lançado em 1955 pela Coca-Cola da Itália.
Já o seu nome foi escolhido em um concurso entre os funcionários da fábrica alemã. Max Keith coordenou o concurso, pedindo que os trabalhadores usassem a imaginação (Phantasie em alemão). Foi então que o vendedor veterano Joe Knipp disse rapidamente “Fanta”, dando início ao nome de um refrigerante que se tornou conhecido mundialmente.
3 – A cocaína era mesmo um ingrediente do xarope secreto da Coca-Cola
A fórmula original da Coca-Cola tinha dois principais ingredientes que deram à bebida o seu sabor distinto: folhas de coca e noz de cola. Sim, estamos falando das mesmas folhas de coca que são usadas para a produção de cocaína. Devido a isso, a bebida continha uma pequena quantidade da droga (ou extrato fluido de coca).
E isso era totalmente normal, pois, antigamente, a cocaína era amplamente utilizada como uma medicação e o refrigerante foi desenvolvido para ser um “tônico para os nervos”. Porém, quando os efeitos entorpecentes da cocaína foram finalmente descobertos, a Coca-Cola alterou sua fórmula, usando folhas de coca processadas (depois de extrair a droga), forma a qual é utilizada até hoje.
4 – Os pratos Zildjian eram usados para a guerra
Avedis Zildjian é uma das marcas mais famosas do mundo da música. Conhecida também como apenas Zildjian, esta é uma empresa de origem turco-armênia que fabrica pratos (de bateria) e outros instrumentos de percussão. Mas o que muita gente não sabe é que seus produtos foram muito populares em guerras.
Os pratos Zildjian têm uma história que remonta a um alquimista armênio do século 17 chamado Avedis, que vivia em Istambul durante o Império Otomano. No ano de 1618, em uma tentativa de transformar bronze em ouro, Avedis descobriu uma maneira de combinar prata, cobre e estanho, com bronze, gerando uma liga que produzia som.
Estes discos geravam um som incrivelmente alto ao ser tocado e também era leve e fácil de transportar. Avedis sabia que o exército do imperador podia usar os discos como arma de intimidação e então levou sua invenção para o governante do Império Otomano, o sultão Osman II, e se tornou um Zildjian (armênio para produtor de prato).
A transição da produção de objetos de guerra para instrumentos musicais aconteceu no século 19 e, com o passar do tempo, os descendentes de Avedis continuaram a usar a antiga técnica secretamente guardada para fazer os pratos famosos que são conhecidos por sua sustentação, o poder e a clareza do som. Atualmente, a empresa está sediada nos Estados Unidos.
5 – Corn Flakes foram criados para controlar a masturbação
Durante o final do século 19 e início do 20, um dos maiores tabus era a masturbação. As pessoas acreditavam firmemente que a prática poderia levar a problemas de saúde física e mental. Tudo isso graças às teorias infundadas de alguns médicos e conspiradores contra a prática solitária de alívio do “desejo”.
E John Harvey Kellog era um desses entusiastas da guerra contra a masturbação. Em 1894, ele inventou o tão famoso Corn Flakes (flocos de milho) durante o desenvolvimento de um plano de dieta para seus pacientes.
John acreditava que carnes, alimentos mais pesados ou picantes aumentavam o desejo sexual e, então, prescrevia a seus pacientes uma dieta leve para controlá-lo. No cardápio, ele indicava um produto criado por ele e por seu irmão Will Kellogg, que era feito com farinha de aveia, trigo e de milho assado em forma de biscoitos que depois eram triturados em pedaços menores, o que deu origem ao principal produto da futura empresa Kellogg’s.
No entanto, Will não estava interessado em comercializar os flocos de milho como um suplemento anti-masturbação e passou a vendê-los cobertos de açúcar como uma alternativa para um café da manhã mais leve e saudável. A partir daí, a marca se tornou sinônimo de cereais matinais.
6 – Absorventes foram projetados para estancar ferimentos de bala
Anúncio de 1925
A criação do absorvente higiênico Kotex aconteceu durante a Primeira Guerra Mundial, sendo, a princípio, um curativo especial destinado a estancar ferimentos de bala.
Em 1914, o fornecedor de papel Kimberly-Clark desenvolveu um produto exclusivo processado ??a partir de madeira conhecido como "cellucotton." O material tinha mais de cinco vezes a capacidade de absorção do algodão e custava a metade do preço.
O cellucotton foi utilizado pelos militares dos Estados Unidos durante a Primeira Guerra Mundial para impedir que os soldados feridos sangrassem até a morte. Depois da guerra, a Kimberly-Clark decidiu recriar a finalidade do produto, relançando-o com a utilidade de conter o sangramento mensal feminino: a menstruação.
A ideia foi muito inovadora em uma época em que as mulheres usavam pedaços de tecidos para as suas necessidades higiênicas naquela época do mês. O Cellucotton se transformou então em Cellunap e, eventualmente, em Kotex (Algodão Têxtil). A primeira linha de absorventes descartáveis femininos do Brasil foi lançada em 1933 com o nome de Modess, pela Johnson & Johnson.
7 – Hollywood foi estabelecida como uma comunidade agrícola
Quando foi criada em meados de 1850, Hollywood era apenas uma região agrícola, nos arredores de Los Angeles. A terra e o clima eram propícios para a agricultura durante todo o ano. E assim a região se desenvolveu, sendo uma próspera comunidade de agricultores, até o início de 1900, quando os cineastas foram atraídos para a região pelas mesmas razões.
Quando o primeiro estúdio de cinema, o Nestor Company, se estabeleceu no local em 1911, outros seguiram o exemplo. Com o tempo, mais e mais estúdios foram para lá e Hollywood ficou conhecida como a Meca do cinema, título que mantém até hoje.
8 – A verdade sobre a bile de vaca no Red Bull
Você sabia que a bebida energética preferida do mundo tem alguns segredos? Mas não estamos falando sobre a lenda urbana que sugere que o Red Bull tenha esperma de touro. O que ele tem, na verdade, é um aminoácido mais comumente encontrado em bile de vaca.
O austríaco Dietrich Mateschitz (o cara que criou Red Bull) conheceu um tônico rejuvenescedor vendido na Tailândia, que atendia pelo nome de "Krating Daeng" (Água Vermelha de Búfalo), durante uma viagem de negócios. Mateschitz descobriu então que a tônico funcionava incrivelmente bem na cura de seu jetlag (sensação desconfortável devido à diferença de fusos-horários por viagens de avião) e ele foi imediatamente atingido com uma ideia genial.
Foi então que Mateschitz rebatizou o xarope para o mercado ocidental depois de mexer com a receita original. Os principais componentes do Red Bull são a taurina (o material que lhe dá as asas), a cafeína e o açúcar.
A taurina é uma substância encontrada em grande quantidade na bile da vaca e não em sua urina, como alguns pensam. É naturalmente presente na maioria dos mamíferos e quantidades vestigiais também podem ser encontradas em carne e produtos lácteos. Estudos sugerem que ela é segura para o consumo em pequenas quantidades.
No Red Bull, a taurina é a fonte de todas as controvérsias associadas com a bebida (incluindo aquela sobre o esperma de touro). Infelizmente para os teóricos da conspiração, o Red Bull sintetiza a taurina em laboratório e não a partir da urina bovina como muitos podem acreditar.
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