Se existe de fato um Planeta X ele ainda não deu os ares da graça.[Imagem: T Pyle (SSC)/JPL-Caltech/NASA]
Elusivo, mas útil
Depois de rastrear centenas de milhões de objetos em todo o céu, a sonda espacial WISE (
Os cientistas levantaram a hipótese da existência de um corpo celeste grande, que deveria estar em algum lugar além da órbita de Plutão.
Sua presença poderia explicar a até agora inexplicável regularidade das extinções em massa encontradas nos registros arqueológicos da Terra.
Além disso, os dados indicam haver um padrão na queda de cometas na Terra, que são "arrancados" da distante Nuvem de Oort a cada 35 milhões de anos por algum evento que não se sabe o que seja.
Além de "Planeta X", o corpo celeste hipotético que poderia explicar esses eventos ganhou outros apelidos, incluindo Nêmesis e Tique (Tyche).
A NASA tem apostado pesado na tentativa de confirmação da existência do Planeta X porque não existem outras teorias para explicar esses eventos bem documentados - recentemente surgiu uma hipótese alternativa tentando ligar o padrão cíclico da queda de cometas com a matéria escura, mas a associação ainda é fraca demais porque ninguém sabe nada sobre a matéria escura.
Em ciência nada é definitivo
A NASA afirmou em nota que as conclusões sobre o Planeta X não são definitivas porque os astrônomos encontraram corpos celestes em cada uma das duas varreduras da WISE que não apareceram na outra.
Até agora foram analisadas duas varreduras do céu feitas pela sonda. É necessário comparar várias visualizações de cada corpo celeste para calcular sua distância da Terra - os mais distantes deslocam-se menos do que os mais próximos.
"Nós acreditamos que há ainda mais estrelas lá fora, esperando para serem encontradas pela WISE. Nós não conhecemos o quintal do nosso próprio Sol tão bem como você poderia imaginar," acrescentou o professor Ned Wright, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, cientista-chefe da missão.
Mãos cheias de estrelas
Este estudo mais recente não encontrou nenhum objeto do tamanho de Saturno ou maior a uma distância de 10.000 unidades astronômicas (au), e nenhum objeto maior do que Júpiter a até 26.000 au - a Terra está a 1 au do Sol, e Plutão a cerca de 40.
Mas os astrônomos não voltaram de mãos vazias.
As observações capturaram imagens de cerca de 750 milhões de asteroides, estrelas e galáxias.
Em novembro de 2013, a NASA tornou públicos os dados da WISE, que agora astrônomos do mundo todo estão usando para procurar por novos corpos celestes.
Em 2011, astrônomos da mesma missão acreditaram ter detectado o Planeta X, mas novas análises alteraram suas conclusões.
Fonte: Inovação Tecnológica
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